29/12/2015

Resenha: Livre - Cheryl Strayed

Nome: Livre (2013)
Autor: Cheryl Strayed
Editora: Objetiva
Páginas: 376
Sinopse: Aos 22 anos, Cheryl Strayed achou que tivesse perdido tudo. Após a repentina morte da mãe, a família se distanciou e seu casamento desmoronou. Quatro anos depois, aos 26 anos, sem nada a perder, tomou a decisão mais impulsiva da vida: caminhar 1.770 quilômetros da Pacific Crest Trail (PCT) – trilha que atravessa a costa oeste dos Estados Unidos, do deserto de Mojave, através da Califórnia e do Oregon, em direção ao estado de Washington – sem qualquer companhia. Cheryl não tinha experiência em caminhadas de longa distância e a trilha era bem mais que uma linha num mapa. Em sua caminhada solitária, ela se deparou com ursos, cascavéis e pumas ferozes e sofreu todo tipo de privação.
Como vocês perceberam, ultimamente tenho tentado caminhar por estilos literários diferentes sempre que possível, e pela primeira vez li uma autobiografia. Ganhei "Livre", de Cheryl Strayed, de uma pessoa muito querida e por isso coloquei o livro no topo da minha lista de espera. Só posso dizer que não me arrependi disso em nenhum momento!

O livro conta a história de Cheryl Strayed, uma mulher que aos 22 anos perde sua mãe devido a um câncer precoce e depois disso sua vida se torna uma bola de neve que vai aumentando gradualmente: seu casamento desmorona, ela abandona a faculdade e sua família parece fugir de qualquer tipo de contato com ela. Para piorar, chega a um ponto em que ela se vê flertando com o vício em heroína. É aí que aos 26 anos Cheryl resolve deixar tudo para trás e caminhar pela PCT - Pacific Crest Trail -, uma trilha que atravessa os Estados Unidos da fronteira do México à do Canadá.



"Livre" não foi uma leitura rápida, pelo contrário. Eu li a história com muita calma, prestando atenção em cada detalhe, e confesso que por vezes tive que parar e reler alguns trechos porque acabava esquecendo de que se tratava de uma história real (as vezes não dava para acreditar).

Não é à toa que esse livro foi eleito um dos melhores com a temática feminista da atualidade. Cheryl Strayed é uma guerreira, e a cada página ela se reinventa. Ela passou por situações que eu nunca seria capaz de lidar. Confesso que cada vez que Cheryl dizia que não iria chorar eu queria gritar para ela: chore, você pode, isso não vai te fazer menos mulher!


A história é quase um monólogo, levando em consideração que Cheryl quase nunca encontra outros trilheiros, e quando isso acontece é sempre brevemente. Mas a maioria dessas pessoas têm algo que te faz querer saber um pouco mais de suas histórias, em especial Doug, que foi uma pessoal essencial para que a autora transformasse sua jornada em um livro.

Se você, assim como eu, está passando por uma fase de autoconhecimento ou gosta de livros de autoajuda, a leitura é mais do que indicada. Em alguns momentos quis ser louca que nem a Cheryl e me jogar em uma aventura dessas, mas depois lembrei que eu não sobreviveria à primeira noite na trilha. Mas quem sabe um dia, né?

27/12/2015

Resenha: Coisas do Coração - Joana Amorim

Título: Coisas do Coração (2015)
Autor: Joana Amorim
Editora: Autografia
Páginas: 190
Sinopse: Coisas do coração é um livro de pensamentos sentidos verdadeiramente, não só poesias mas todo sentimento que vem a tona quando se está apaixonado. É um tornado de sentimentos que devasta a alma e depois pede perdão ao coração, que como sempre perdoa tudo. É um apelo pelo sentimento que já não se têm quase nenhum respeito humano por ele, e que muitas pessoas já desistiram de sentir e transformam suas vidas em um prático convívio por medo de amar, sim é o amor, é ele que move o mundo de todas as formas. Não tenha medo, ame incondicionalmente. (Via Skoob)

Fazia tempos que não lia um livro inteiro só de poesias - e mesmo não sendo meu estilo literário preferido, fiquei encantada com "Coisas do Coração", minha primeira leitura da Joana Amorim, uma autora extremamente talentosa e carinhosa que eu tenho orgulho de ter como parceira.

Este livro tem como tema principal o amor, em sua forma mais pura e simples. Através de poemas, sentimos as mais diversas sensações consequentes desse sentimento: angústia, medo, carinho, saudade, etc. Confesso que durante a leitura não pude deixar de lembrar de "Monte Castelo", o sucesso do Legião Urbana que traz eu sua letra trechos da Bíblia e de Lusíadas, de Camões. Essa canção tem tudo a ver com o livro, pois trata do amor como sentimento sublime, que nem sempre traz alegria, mas que é necessário a todo ser humano.


A escrita da autora é muito fluída, de modo que devorei as quase 200 páginas do livro em bem menos do que uma tarde. Além disso, seu estilo é completo sem ser complexo, ou seja, a interpretação não é difícil, o que torna "Coisas do Coração" um livro para todos os públicos, mesmo para os iniciantes nesse gênero.

Meus poemas preferidos foram "Conhecendo o amor", "Eu errei" e "Amor e ódio", mas a maior parte deles me tocou profundamente, de formas boas e ruins. Senti uma salada mista de sentimentos enquanto lia essa belíssima obra, e talvez seja por isso que depois dessa leitura senti minha alma mais leve.



Indico a leitura a todos que adoram uma boa história de amor (ou várias, nesse caso). É uma das coletâneas de poesia nacionais mais estruturadas que já vi, e nela tudo me parece se encaixar perfeitamente: desde a fonte utilizada à arte da capa. Quem ler esse livro terá a sorte de ter a sua alma tocada, mas, para isso, é preciso deixar-se levar pelas palavras da Joana.

Classificação:

*Publieditorial. Livro cedido pela autora Joana Amorim. Opinião real da blogueira.

06/12/2015

Resenha: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres - Stieg Larsson

Nome: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (2004)
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 528
Sinopse: Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou. Quase quarenta anos depois, o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados - de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois.... até um momento presente, desconfortavelmente presente.
Sabe quando comentei na última resenha que tenho me apaixonado pela literatura nórdica? Eu não estava brincando. Depois das dinamarquesas Lene Kaaberbøl e Agnete Friis, foi a vez de Stieg Larsson e seu tão famoso "Os Homens Que Não Amavam As Mulheres", primeiro volume da trilogia Millenium. E como esse livro me conquistou! 

Neste livro somos apresentados a Mikael Blomkvist, um jornalista econômico bastante renomado na Suécia que acaba de ser julgado culpado em um caso de difamação contra um dos maiores empresários do país e sabe que isso pode acabar destruindo sua carreira. No meio deste dilema, ele recebe um convite inesperado do magnata Henrik Vanger, um homem desconhecido: fazer uma última tentativa de desvendar o assassinato de Harriet, sua sobrinha-neta, que ocorreu há quase 40 anos e ainda está sem resposta. Com sua carreira em frangalhos e com o ótimo pagamento oferecido por Henrik, Mikael não tem outra opção senão aceitar a proposta.

Lisbeth Salander é uma jovem hacker - a melhor da Suécia, segundo ela mesma - de 24 anos que foge do convencional. Socialmente instável aos olhos do governo mas um gênio aos olhos de quem a conhece, Salander é uma peça fundamental para a solução do caso Harriet e para o desfecho da história. Na minha opinião, não há dúvidas da força que Lisbeth exala. Não falo de força física, porque ela "parece uma garota anoréxica de 12 anos", mas falo de força interior, coragem, perseverança. Sua história de vida é emocionante, e, afinal, ela também é uma vítima de homens que não amam as mulheres.

Stieg Larsson é um autor sem igual, então não poderia deixar de falar sobre ele. Desde que presenciou um estupro sem poder fazer nada quando ainda era adolescente, o autor e jornalista dedicou grande parte da sua carreira à luta por causas feministas. Isso se reflete em suas personagens Lisbeth, Cecilia e a própria Harriet, por exemplo, mulheres que ao longo de suas vidas sofreram todo o tipo de violência por parte de algum homem.

Com personagens que vão do clichê ao inesperado, Larsson nos conquista com reviravoltas a cada página. Sua escrita é detalhada sem ser cansativa; o autor se preocupa em criar um ambiente mais íntimo, em que o leitor realmente se sinta parte da história, e isso funcionou muito bem comigo. Para quem gosta de um bom suspense, a leitura está mais do que indicada - e já entrou para a lista dos meus favoritos!

Classificação:  

*Publieditorial. Livro cedido pela Editora Companhia das Letras. Opinião real da blogueira.

04/11/2015

Dicas de Inglês: Aprendendo inglês na internet

Migoooos,

Minha vida tá uma loucura (de um jeito muito muito muito positivo) e eu tenho tanta coisa pra contar por aqui... Mas acho que vou gravar um vídeo pra que vocês entendam a fundo minha emoção.

Pra aproveitar meu humor super good vibes, eu tirei esse vídeo da gaveta e resolvi postar. Andei bem desanimada com o canal, e por isso deixei várias gravações de meses atrás guardadas. Ainda não sei o que farei com elas, mas talvez eu tome coragem e poste aos poucos. Enfim, o importante é que eu TO DE VOLTA.



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Me desculpem pela animação, é que eu realmente to muuuuito feliz.
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