Nome: Livre (2013)Como vocês perceberam, ultimamente tenho tentado caminhar por estilos literários diferentes sempre que possível, e pela primeira vez li uma autobiografia. Ganhei "Livre", de Cheryl Strayed, de uma pessoa muito querida e por isso coloquei o livro no topo da minha lista de espera. Só posso dizer que não me arrependi disso em nenhum momento!
Autor: Cheryl Strayed
Editora: Objetiva
Páginas: 376
Sinopse: Aos 22 anos, Cheryl Strayed achou que tivesse perdido tudo. Após a repentina morte da mãe, a família se distanciou e seu casamento desmoronou. Quatro anos depois, aos 26 anos, sem nada a perder, tomou a decisão mais impulsiva da vida: caminhar 1.770 quilômetros da Pacific Crest Trail (PCT) – trilha que atravessa a costa oeste dos Estados Unidos, do deserto de Mojave, através da Califórnia e do Oregon, em direção ao estado de Washington – sem qualquer companhia. Cheryl não tinha experiência em caminhadas de longa distância e a trilha era bem mais que uma linha num mapa. Em sua caminhada solitária, ela se deparou com ursos, cascavéis e pumas ferozes e sofreu todo tipo de privação.
O livro conta a história de Cheryl Strayed, uma mulher que aos 22 anos perde sua mãe devido a um câncer precoce e depois disso sua vida se torna uma bola de neve que vai aumentando gradualmente: seu casamento desmorona, ela abandona a faculdade e sua família parece fugir de qualquer tipo de contato com ela. Para piorar, chega a um ponto em que ela se vê flertando com o vício em heroína. É aí que aos 26 anos Cheryl resolve deixar tudo para trás e caminhar pela PCT - Pacific Crest Trail -, uma trilha que atravessa os Estados Unidos da fronteira do México à do Canadá.
"Livre" não foi uma leitura rápida, pelo contrário. Eu li a história com muita calma, prestando atenção em cada detalhe, e confesso que por vezes tive que parar e reler alguns trechos porque acabava esquecendo de que se tratava de uma história real (as vezes não dava para acreditar).
Não é à toa que esse livro foi eleito um dos melhores com a temática feminista da atualidade. Cheryl Strayed é uma guerreira, e a cada página ela se reinventa. Ela passou por situações que eu nunca seria capaz de lidar. Confesso que cada vez que Cheryl dizia que não iria chorar eu queria gritar para ela: chore, você pode, isso não vai te fazer menos mulher!
A história é quase um monólogo, levando em consideração que Cheryl quase nunca encontra outros trilheiros, e quando isso acontece é sempre brevemente. Mas a maioria dessas pessoas têm algo que te faz querer saber um pouco mais de suas histórias, em especial Doug, que foi uma pessoal essencial para que a autora transformasse sua jornada em um livro.
Se você, assim como eu, está passando por uma fase de autoconhecimento ou gosta de livros de autoajuda, a leitura é mais do que indicada. Em alguns momentos quis ser louca que nem a Cheryl e me jogar em uma aventura dessas, mas depois lembrei que eu não sobreviveria à primeira noite na trilha. Mas quem sabe um dia, né?